

Quando você vai trabalhar, sente pânico com alguma situação que tenha pouco ou nenhum perigo real? Sente que sua vida está sendo prejudicada por causa desse medo? Tem a sensação de coração acelerado, dificuldade para respirar, suor excessivo e ansiedade mais do que o normal? Você não está sozinho.
Para muita gente, ir ao trabalho tornou-se uma verdadeira tortura pelas fobias associadas ao ambiente de trabalho. Eles provavelmente têm uma solução com um pouco de esforço pessoal, mas em outras ocasiões é necessária a ajuda de um profissional. O importante é não deixar que estes medos atrapalhem a sua rotina – inclusive pessoal: “Casos relacionados com a saúde não podem ser ignorados. Procurar ajuda de especialista, um psicólogo, é a primeira atitude a ser tomada. Muitos destes medos são frutos de experiências em trabalhos anteriores” explica Eliane Catalano, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA.
Modernidade agravou muitas fobias
Para a especialista, é difícil superar traumas e medos, portanto enfrentar esses medos é um bom começo para encontrar a cura e evitar que o medo evolua para um quadro psicológico mais grave ou consequências psicossomáticas. “Home office, isolamento social e a implementação de novas tecnologias podem amplificar esses medos. A própria pandemia gerou ansiedade e não é surpresa que muitos casos possam ter surgido nestes últimos dois anos. Essas fobias são superáveis com ajuda e quanto mais cedo buscar ajuda, mais rápido será o processo de cura”.
Catalano listou as fobias mais comuns relacionadas ao trabalho e pode ser tratadas com auxílio profissional:
Agorafobia: é o medo de espaços abertos. Pode afetar muitas áreas da vida de quem sofre com isso e, claro, também no trabalho, pois se a atividade exige estar nesse tipo de lugar, é um problema real.
Claustrofobia: é o medo de espaços fechados ou pequenos, como elevador. Este medo pode prejudicar trabalhos em escritórios, por exemplo.
Ciberfobia: no campo tecnológico, também surgem fobias. Ciberfobia em particular é o medo dos computadores, de não saber usá-los, de estragar tudo usando um laptop. O problema é que há poucos empregos agora que não usam um computador.
Tecnofobia: Esse medo é mais amplo que o anterior, pois engloba todo tipo de tecnologia, uma rejeição compulsiva de tudo que é tecnológico, até mesmo um smartphone ou a internet. É impensável trabalhar hoje fora dessas mídias.
Glossofobia: fobia que envolve o medo irracional de falar em público, uma atividade muito comum em alguns empregos.
Catagelofobia: uma causa, talvez, de ter medo de falar em público é ter medo do ridículo ou de ser ridicularizado, a catagelofobia.
Antiquiofobia: se continuarmos na sequência, também encontramos o medo irracional de falhar, que é o que consiste essa fobia que pode impactar – e muito – o dia a dia de quem sofre com este medo. O colaborador não consegue tomar decisões por ele e pode ser completamente bloqueado.
Autofobia: medo de tomar decisões por si mesmo também pode ser uma consequência de sofrer dessa fobia, que consiste em ter medo de si mesmo ou de ficar sozinho.
Antropofobia: o oposto de ter medo de si mesmo é ter medo dos outros. É nisso que consiste essa fobia, que, como é possível imaginar, vai gerar uma grande tensão para quem a sofre, pois é raro trabalhar em que você não lide com outras pessoas.
Ergofobia: talvez o medo mais extremo, aquele que engloba diretamente tudo relacionado ao trabalho, já que é o medo de trabalhar ou ir trabalhar. Sofrer desta fobia pode levar a estados ansiosos e depressivos que requerem muitas vezes a ajuda de profissionais.
(Fonte: Aroldo / RH Nossa)