

Greice Ciarrocchi, especialista em Relações Humanas (RH) e CEO de uma das melhores empresas para se trabalhar em São Paulo, é quem conta as dicas para manter um negócio sustentável e rentável, por meio de hábitos e crenças da equipe como um todo.
Cultura organizacional é o conjunto de costumes, hábitos, comportamentos, crenças e valores que toda empresa precisa criar e trabalhar para que seja mantida, atualizada e seguida por todos os seus colaboradores, seja qual for o cargo ou tempo de trabalho. Apesar da definição estar correta nas explicações formais, para os empreendedores, a cultura organizacional nada mais é, na realidade, como as coisas acontecem diariamente na empresa, muito além do que está escrito em normas ou em procedimentos. Entretanto, para que isso aconteça, é preciso que exista essa base fundamental, que, quando ignorada no momento de criação de um empreendimento, pode trazer resultados nada satisfatórios, tanto financeiramente, quanto em relação à gestão. Afinal, formar e manter uma cultura forte é fator fundamental para que as pessoas que fazem parte da empresa compartilhem da missão e dos valores propostos para o sucesso do negócio.
“Em um negócio sustentável, não apenas os empresários e os líderes devem ter a clara consciência da razão pela qual a empresa existe, mas também toda equipe. E uma das formas mais eficientes para alinhar essa consciência é por meio da cultura organizacional”, aponta Greice Ciarrocchi, especialista em Relações Humanas (RH), liderança humanizada e CEO da CCS Tecnologia e Serviços SA, empresa brasileira eleita como uma das melhores instituições para se trabalhar no Estado de São Paulo, pela Great Place to Work (GPTW), e que está entre as maiores do mundo no segmento de fornecimento de peças de aço de alta complexidade, soldadas e montadas para empresas de máquinas de construção, mineração e agrícolas, além de empilhadeiras. “É por meio dela que a CCS, por exemplo, cresceu 285% em 2021, comparado ao ano de 2020. Em 2022, a perspectiva é que ela cresça mais 40%. Somente essa cultura é capaz de fazer um empreendimento durar. Porém, é preciso lembrar que não existe cultura certa ou errada. O importante é sempre preservar a essência da empresa. Tentar mudá-la totalmente não funciona, entretanto, é possível melhorar, sendo este um processo dinâmico que nunca acaba”, complementa.
Para ajudar os empresários, novatos e seniores nessa jornada, a expert lista três dicas para manter a cultura organizacional da empresa de forma fácil, simples e ágil. Confira, abaixo, quais são elas:
Passo 1: Identificar e reconhecer a essência da organização
Tudo começa identificando os pontos fortes e os diferenciais da empresa. Algumas perguntas que podem ajudar nesta questão são: Qual a razão de ser do negócio e o que o difere no mercado? Quais os pontos fortes da empresa e o que fez com que ela chegasse onde está? O que jamais devemos abrir mão? Quais atitudes e comportamentos fazem a diferença na empresa? Ao identificar estas questões, é possível criar estratégias para fortalecê-las ainda mais. Feito isso, é hora de identificar o que precisa ser mudado, quais são as fraquezas da empresa, que tem impedido a empresa de ir além e quais comportamentos devem abandonar, entre outras questões. “Neste ponto, é necessário muita coragem e, principalmente, humildade dos níveis mais altos da organização, pois, certamente, existem oportunidades em seus comportamentos e atitudes. Na CCS, esta primeira etapa foi realizada comigo e com os diretores. Em seguida, tivemos a participação da equipe de gerência e, posteriormente, de todos aqueles que exercem papel de liderança”, explica Greice.
Passo 2: Participação ativa do CEO e da liderança no processo
O CEO deve ser o embaixador da cultura organizacional e todo o processo de fortalecimento de cultura deve partir dele. Cabe a ele comunicar a toda sua liderança o que se espera e quais são as atitudes desejadas e, mais do que isso, valorizadas. Por outro lado, também cabe a ele identificar e comunicar atitudes e posturas que não devem mais fazer parte da empresa. “É ele quem tem o papel de preservar a essência da empresa e, ao mesmo tempo, promover novos valores e comportamentos, ficando sempre atento às lideranças da organização. Sempre convido os membros da liderança a olharem para si, encorajando-os a se observarem. Para mim, o autoconhecimento e a auto-observação são o caminho que tem nos ajudado muito neste sentido”, salienta a CEO, que desenvolveu, junto ao diretor comercial da CCS e seu marido, Ricardo Perez, o Método NEXT – O Próximo Estágio da Liderança, que busca treinar e preparar coordenadores, gestores e diretores para serem líderes humanizados, conscientes e conectados, com um propósito maior de olhar cada colaborador como único e trabalhar os seus pontos fortes.