Quando o tempo não acompanha a tecnologia, a empresa perde, a marca é comprometida e as referências são abaladas.
Dia desses precisei comprar material de construção. Pesquisei e comprar online compensava, não só porque alguns itens tinham desconto no site, mas principalmente por causa da facilidade da compra digital.
Nem quinze minutos que havia confirmado meu pedido, notei que o porcelanato que comprei era muito liso. Voltei correndo no site para mudar minha compra. Como era tarde da noite, achei mais prático conversar pelo WhatsApp divulgado lá. Como há de se supor, acreditei que seria mais ágil, não é?! Né não…
Pois aí começou minha jornada que resolvi compartilhar por aqui. Pode ser que se identifique como consumidor ou empresa (espero que esse último não seja o seu caso).
Fiquei “ilhada” em tentar me comunicar por alguns motivos, dois desses me chamaram muito a atenção.
1. Falta de diálogo com a mesma agilidade que temos em nossas contas pessoais. Quando enviei o Whats não recebi nenhum comunicado informando que receberam minha solicitação. Nenhum! Nem uma mensagem automática, nem um emoji ou um comunicado sobre horário de atendimento, nada.
2. Outro fator: oferecer opções aos clientes, que depois são desconsideradas. Quando fiz o pedido, deixei alguns pontos destacados como dia de entrega e horário, já que havia essa opção. Achei maravilhoso ter essa possibilidade, afinal nem todos podem ficar esperando por uma entrega, certo?! Certo não…
Mesmo informando que só poderia receber no dia tal, nos horários tais e tais, a empresa não cumpriu algo que ela mesma tinha oferecido.
Recusei o pedido. Não pelo motivo de adiantarem a entrega, o consumidor até gosta disso! Foi porque eu tinha conseguido, por fim, entrar em contato com a empresa e informado sobre a troca do pedido. Minha impressão quando isso aconteceu? Não houve comunicação interna.
Falha de quem? Do e-commerce, do SAC, da logística de entrega, de comunicação entre as áreas?
Eram materiais de construção, não um sanduiche. Precisava de tempo para organizar onde guardar e, novamente ressalto, foi perguntado pra mim quando seria a data mais conveniente para a entrega. Talvez se essa expectativa não tivesse sido gerada, não estaria contando o fato aqui. Ah, e se fosse um sanduíche, muitas empresas já informam quando o entregador está saindo.
Somente esses dois pontos, de forma isolada, não culminam na afirmação que fiz que “quando o tempo não acompanha a tecnologia, a empresa perde…”, mas se analisarmos o que está por trás, sim. É preciso que gestores se atentem que a percepção do tempo é outra. É preciso que se adaptem para essa agilidade na comunicação. As ferramentas estão aí e o consumidor está cada vez mais com possibilidades de falar de sua marca, positiva ou negativamente.