

Home office cada vez mais consolidado como modelo de trabalho eficiente, chegou a 91% o percentual de profissionais qualificados que acreditam que o futuro do trabalho será em um modelo híbrido e que poderão trabalhar de qualquer lugar.
Dados da 14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) realizada pela consultoria de recrutamento mostram que o chamado nomadismo digital – quando profissionais atuam de qualquer lugar – segue impactando em carreiras profissionais de distintas áreas em todo o mundo. Segundo o mapeamento o nomadismo digital está traçando o futuro de muitas profissões.
Para o especialista, a nova dinâmica, inclusive de formação superior de profissionais – atualmente mais online que presencial – também pode estar estimulando estes profissionais a seguir buscando atuação profissional no mercado que assegure o trabalho remoto. “Se antes apenas digitais influencers podiam trabalhar de forma remota, um dos legados da pandemia foi a possibilidade de mais carreiras profissionais aderirem ao modelo de atuação. Agora profissionais do setor da saúde, vendas, finanças, entre outros também já conseguem trabalhar desta maneira. Essa atuação remota deve ser irreversível em muitos casos e deve impactar diretamente o mercado de trabalho”, pondera Alfredo Freitas que é especialista em Educação e Internet com mais de 15 anos de experiência.
“A mudança de comportamento vem desde formação acadêmica e muito antes da pandemia. No anseio em se tornar mais competitivos os profissionais têm buscado formações no mundo virtual”, explica Alfredo Freitas que também é diretor da universidade americana – Ambra University. A instituição ensina totalmente online e em português há mais de 10 anos.
Em 10 anos, o ensino a distância no Brasil aumentou quase 5 vezes número de alunos que entram em cursos a distância do ensino superior. Os dados são do Inep. De 2009 a 2019, modalidade do ensino a distância teve salto de 378,9% em matrículas de ingressantes – um aumento de 4,7 vezes. Nos cursos presenciais, o crescimento foi de 17,8%. A conectividade deve impulsionar ainda mais, nos próximos anos, o ensino a distância no Brasil. “O setor hoje tem crescido concomitantemente com conectividade e familiaridade dos usuários”, explica Freitas.
Estudantes também estão trocando cursos presenciais por opções no ensino virtual. Em um ano, quase 120 mil alunos migraram de uma modalidade presencial para o ensino a distância. O número é de estudo feito pelo Semesp (entidade das mantenedoras de ensino superior no Brasil) com base nos microdados do Censo da Educação Superior feito pelo Inep (instituto ligado ao Ministério da Educação).
“A principal tendência que avaliamos é a interiorização do estudo e do trabalho. Muitas pessoas de cidades menores terão melhor qualidade de vida e menor custo a partir do acesso a estudo e trabalho em grandes centros por meio da internet. O desafio atual para essas pessoas é a qualificação adequada e elas estão começando a perceber que podem estudar e conquistar boa formação em universidades da Inglaterra, Austrália ou Estados Unidos da América sem mudar de cidade tampouco de país”, explica Alfredo Freitas.
(Fonte: Onevox Press)