Empresas aumentaram o investimento em 11% nas campanhas nas redes sociais.

 

As estratégias de marketing e as promoções do Dia do Consumidor trouxeram grandes resultados de vendas a algumas categorias, especialmente Moda e Acessórios, que ficou em primeiro lugar nas compras realizadas durante o evento, entre 2 e 15 de março. Mas a procura por produtos em diferentes segmentos também foi alta e registrou um aumento de 22% nas vendas totais em relação ao mesmo período do ano passado, somando um faturamento de R＄7,2 bilhões na primeira quinzena de março. Os dados exclusivos são do relatório da All iN, que analisou o comportamento dos consumidores de sua base de clientes, em parceria com Octadesk, Clearsale, Neotrust, Delivery Direto, Vindi, Bornlogic e com apoio do Opinion Box.

 

“O crescimento de 22% mostra que a data vem se fortalecendo a cada ano, reforçando o posicionamento de ser uma Black Friday brasileira. O e-commerce segue forte, com a retomada da economia, e a data é aguardada por quem busca boas oportunidades, se tornando uma forte aliada no calendário do varejista”, explica Victor Popper, diretor da All iN.

 

Como mencionado, o segmento Moda e Acessórios vendeu mais, representando 37%, porém ficou em quinto lugar em receita. Telefonia ocupou a primeira posição, seguida de eletrodomésticos e eletrônicos. O consumidor mostrou grande interesse em pagamento à vista para esse Dia do Consumidor e, apesar de ter o cartão de crédito como sua melhor opção, chegando a somar 62.67% das vendas, escolheu não parcelar. O boleto é o segundo preferido, representando 36,42%, o que pode estar atrelado a um descontinho extra para quem escolhe esse meio. Olhando para região, o maior polo de comércio do país foi o Sudeste com 61% de participação. Já a região Sul teve o maior crescimento em relação ao ano passado, subindo 5p.p., enquanto o Nordeste apresentou queda de 13% para 9%.

 

Social Commerce

Que muitos consumidores estão nas redes sociais, isso já estamos acompanhando com a popularização do social commerce. Prova disso, é que durante a quinzena do Dia do Consumidor, as marcas dedicaram mais tempo para estratégia digital, com um investimento 11% maior do que no ano passado. Em volume, as campanhas programadas aumentaram 23,07% durante o evento, comparadas com o período que antecedeu a data.

 

Preços e disponibilidade

Os preços dos produtos de bens de consumo sofreram uma variação considerável durante a semana do Dia do Consumidor. Dados avaliados de 13 a 17 de março mostram que o segmento de Higiene Pessoal foi o que apresentou maior parte dos produtos anunciados por um preço diferente do estabelecido pela indústria, chegando a 76,60%, sendo 23,9% dos produtos em promoção e 53,0% acima do preço estipulado pela indústria.

 

Querer, mas não encontrar

Contraponto a questão dos preços, Higiene foi o segmento que melhor se preparou para o Dia do Consumidor em 2022 quando o assunto é estoque, com a menor porcentagem de produtos indisponíveis para venda. Ainda assim, considerando as categorias de Medicamentos e Vitaminas, Beleza, Bebidas e Alimentos, em média, 25% dos produtos de bens de consumo estavam indisponíveis para compra on-line, indicando que ainda há muito o que melhorar no que diz respeito ao reabastecimento dos estoques e frustração do consumidor.

 

Rápida e quentinha

O estudo também avaliou o impacto da data comemorativa no comércio de delivery. A variação de pedidos no próprio Dia do Consumidor foi de mais de 18% este ano, demonstrando que restaurantes também têm ficado atentos às datas comemorativas e como incrementar suas vendas durante o período. O dia 15 de março foi celebrado em maioria com pizza (24%), japonês (22%), e hamburgueria/hot dog (17%).

 

Pensando no futuro

Ter uma base de leads extensa, por meio do qual os varejistas possam manter contato e sinalizar sobre novas promoções, é crucial para criar um bom relacionamento com o consumidor e entender sua jornada de compra. Sendo assim, Farmácia e Saúde foi o segmento com maior registro de novos cadastros: 44,3%, seguido de Moda e Acessórios, com 13,6%, e Beleza, 13,1%.

 

(Fonte: Débora Paris Lemos)